Pesquisar no site

Município de Mauá
"Capital da porcelana"
Bandeira de Mauá
Brasão de Mauá
Bandeira Brasão
Hino
Aniversário 8 de dezembro
Fundação 8 de dezembro de 1954 (56 anos)
Emancipação 22 de novembro de 1954
Gentílico mauaense
Lema Quem Ama Cuida
Prefeito(a) Oswaldo Dias (PT)
(20092012)
Localização
Localização de Mauá
Localização em São Paulo
Mauá está localizado na Brasil
Localização no Brasil
23° 40' 04" S 46° 27' 39" O23° 40' 04" S 46° 27' 39" O
Unidade federativa  São Paulo
Mesorregião Metropolitana de São Paulo IBGE/2008[1]
Microrregião São Paulo IBGE/2008[1]
Região metropolitana São Paulo
Municípios limítrofes Norte: São Paulo; Nordeste: Ferraz de Vasconcelos; Sudeste: Ribeirão Pires e Oeste: Santo André.
Distância até a capital 26 km
Características geográficas
Área 62,293 km² [2]
População 417 281 hab. (SP: 11º) –  IBGE/2010[3]
Densidade 6 698,68 hab./km²
Altitude 818 m
Clima subtropical
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDH 0,781 médio PNUD/2000[4]
PIB R$ 5 676 525,558 mil (BR: 73º) – IBGE/2008[5]
PIB per capita R$ 13 752,84 IBGE/2008[5]

Mauá (pronuncia - se AFI: [ma'wa]) é um município do estado de São Paulo, da Região Metropolitana de São Paulo, pertencente à região do ABC Paulista. A densidade demográfica é de 6.463,7 hab/km². Porém, a densidade urbana é bem maior, já que um terço do município é área industrial e 10% pertence à área rural e ao Parque Estadual da Serra do Mar. É o 23° município do estado em PIB e o 11º em população, com 417.458 habitantes.[6] Mauá está entre as 50 cidades mais populosas de todo o Brasil.

Índice

 [esconder

[editar] Etimologia

Mauá significa aquele que é elevado, língua Tupi, e como se trata de um município, pode-se traduzir Cidade elevada.

Originalmente, o nome "Mauá" designava uma área onde hoje situa-se a zona portuária do Rio de Janeiro e onde Irineu Evangelista de Souza construiu um grande porto. O Imperador, reconhecendo a importância da obra, nomeou-o barão.Na criação do distrito de Mauá, durante o processo de emancipação, o nome "Mauá" passou a designar a estação local e o povoado que surgiu ao seu redor em substituição ao antigo "Pilar", que fazia referência ao Caminho do Pilar (antigo nome da Avenida Barão de Mauá), que ligava a vila de São Bernardo á Igreja do Pilar.

[editar] Economia

Embora existam vários ramos de atividade econômica na cidade, Logística, Metalurgia, Indústrias Químicas e Materiais Elétricos, e Petroquímico. Ainda hoje Mauá é lembrada como a "Capital da Louça e da Cerâmica", devido ao fato de esta atividade ter sido bastante importante para o desenvolvimento do município. Existem dois polos industriais (Capuava e Sertãozinho) e um grande Pólo Petroquímico onde está localizada a refinaria da Petrobrás, a RECAP, estes polos transformaram Mauá em um dos maiores parques industriais do país. Estão em implementação grandes intervenções viárias (Rodoanel e o prolongamento da Avenida Jacu-Pêssego/Nova Trabalhadores), que devido á facilitação do acesso á cidade devem influenciar no crescimento da atividade industrial que hoje sofre com o estrangulamento da malha viária e com sua crônica falta de manutenção.

Algumas empresas com sede ou filial no município de Mauá: Foz do Brasil (comercialização de água e tratamento de esgoto), ALCAN (alumínio), Grecco Transportes (logística), CGE (metalúrgica), Petrobrás (refino de petróleo, nitrogenados e gás de cozinha), Ultragaz (gás de cozinha), Bandeirante Química (derivados de petróleo), Porcelana Schmidt (porcelanas de mesa), Liquigás (gás de cozinha), Copagás (gás de cozinha), Polibrasil (polietileno), Vitopel (resinas petrolíferas para fabricação de papel e celulose), Chevron-Oronite (derivados de petróleo), Oxiteno-Ultra (gases derivados de petróleo exceto GNV), Firestone (pneus), Tintas Coral (pigmentos), Saint-Gobain (vidros automotivos), COFAP (metalurgia e peças automotivas), Polimetri (estampados e componentes soldados para linha automotiva) Tupy (metalurgia), ALMAN (metalúrgica em alumínio), Brastemp (componentes para eletrodomésticos), Líder, Klash tattoo Mauá (a maior rede de piercing e tatuagem do Brasil).

[editar] Transportes

Servida pelos trens da linha 10 da CPTM, com as estações Capuava, Mauá e Estação Guapituba. Também servida pelo corredor da METRA, tendo uma parada e uma linha de Trólebus que sai do Terminal do Sônia Maria.

[editar] Linhas de Ônibus Municipal

O sistema municipal esta passando por reformulações, incluindo mudanças no itinerários e construção de novos terminais de ônibus. Após monópolio de quase três decadas, no dia 6 de novembro de 2010, deixaram de operar no município os ônibus da Viação Januária, sendo substituidos pelos ônibus da Viação Leblon. Hoje duas empresas distintas fornecem o transporte público municipal, sendo 55% das linhas nas mãos da Viação Cidade de Mauá (VCM) e 45% sob gerenciamento da Leblon.

[editar] Principais Vias

[editar] Rodovias

[editar] Geografia

[editar] Clima

O município localiza-se a 818 metros acima do nível do mar, no limite entre a serra do mar e o planalto. Em decorrência disso o clima da cidade é considerado subtropical, com temperatura média durante o ano em torno dos 18°C, raramente ultrapassando os 30°C no verão. No inverno a média é de 9 a 14°C.

[editar] Relevo

A paisagem mauaense é dominada pela formação de morros e picos íngremes, típicos da Serra do Mar e por profundos vales alagadiços, hoje na grande maioria aterrados e ocupados de forma desordenada, o quê justifica a alta incidência de enchentes. Somente a região do vale do Rio Tamanduateí no bairro Capuava é tipicamente plana. Relatos históricos descrevem o local como sendo onde os primeiros bandeirantes, vindos de São Vicente avistaram o planalto paulista e deram á região o nome de Borda do Campo, por fazer transição entre a Serra do Mar e o Planalto Paulista. O ponto mais alto da cidade é o Morro Pelado, com 867 metros de altitude (o terceiro mais alto da Grande São Paulo), porém, a cidade é, em média a mais alta da região metropolitana, devido á carência de áreas planas.

[editar] Hidrografia

A cidade tem como característica hidrográfica especial não ser cortada por nenhum curso d'água proveniente de outro município, visto que, devido a altitude elevada, todos os cursos d´água que cortam o território de Mauá, nascem na cidade. No município nasce o Rio Tamanduateí, o terceiro maior afluente do Rio Tietê na Grande São Paulo e ainda o Rio do Oratório e os rios Pinheirinho e Guaió. Os cursos d´água mais importantes em trecho urbano são o Córrego Taboão, o Córrego Corumbé e o Córrego Capitão João (sob o qual está a Praça XXII de Novembro). Devido á ocupação desordenada das várzeas, muitos trechos antes alagadiços que funcionavam como absorvedores do excesso de água das chuvas foram aterrados e a cidade tem vários pontos sob forte risco de enchentes. A situação foi amenizada com a construção de quatro piscinões pelo governo do Estado em parceria com a Prefeitura entre os anos de 1998 e 2002. Um no Parque do Paço para o Córrego Taboão, um no Jardim Zaíra para o Córrego Corumbé, um no Jardim Sônia Maria para o Rio Oratório e um no Bairro Capuava, para o próprio Rio Tamanduateí (este último é o maior da América Latina), porém, devido á falta de manutenção, o excesso de lixo e assoreamento os piscinões não conseguem conter com eficiência total o risco de enchentes.

Além da ocupação desordenada, a falta de redes de esgoto e de tratamento de resíduos faz com que os cursos d´água urbanos da cidade estejam completamente poluídos.

[editar] Vegetação

A cidade, devido á grande variação de altitude possui um vasto espectro de paisagens naturais, embora grande parte tenha sido transformada pela ocupação humana. As encostas dos morros eram originalmente ocupadas por uma exuberante vegetação de Mata Atlântica, embora, já misturada com espécies do Planalto Paulista e com araucárias típicas do clima de altitude. Na cidade, as áreas de mata Atlântica mais preservadas são as áreas de mananciais, o Tanque da Paulista, o Parque Ecológico Santa Luzia e as encostas do Guaraciaba. As várzeas eram de modo geral cobertas por juncos e taboas, plantas típicas de áreas alagadiças e pantanosas. Atualmente, apenas o Córrego Taboão possui vegetação original em ambiente urbano, mas, deverá perder boa parte dela, devido as obras de retificação para a ligação com o Rodoanel. Os vales dos rios Guaió e Pinheirinho na região de Cappburgo estão ainda com essa vegetação, apesar da crescente favelização local. Os picos dos morros, principalmente os mais elevados eram cobertos por gramíneas e vegetações ralas, atualmente, o maior representante é o Morro Pelado, que leva esse nome pela vegetação muito baixa que o cobre.

[editar] Regiões de Planejamento (RPS)

O Planejamento e a Gestão desenvolvidos pela Administração Municipal baseiam-se na divisão do Município de Mauá em catorze regiões de planejamento - RP, parte integrante do Plano Diretor desde 1998, sofrendo algumas alterações em 2007, uma delas, talvez a mais estranha, foi anexar o Jardim Miranda d’Avis à RP10. As RP’s são:

  • RP 1- CENTRO: Centro, Bairro Bocaina, Vila Guarani, Vila Ana Maria, Vila Fausto Neves Morelli, Vila Alice e Vila Dirce;
  • RP 2- SERTÃOZINNHO: Vila Carlina, Loteamento Industrial Coral e Sítio Sertão;
  • RP 3- SÃO VICENTE: Parque São Vicente, Jardim Araguaia, Parque das Orquídeas, Jardim Itrapoã, Jardim Isabella e Vila João Ramalho;
  • RP 4- VILA ASSIS/VILA VITÓRIA: Vila Assis Brasil, Jardim Anchieta, Jardim Guapituba, Jardim Idel, Jardim Primavera, Vila Mercedes, Jardim São Jorge do Guapituba, Jardim Camila, Vila Isabel, Vila Morelli, Jardim Pedroso, Jardim Haydée, Jardim Pilar, Vila Nossa Senhora das Vitórias e Jardim São Judas;
  • RP 5- CAPUAVA: Bairro Capuava (incluindo Pólo Petroquímico);
  • RP 6- SÔNIA MARIA: Jardim Sônia Maria e Jardim Silvia Maria;
  • RP 7- MAGINI/ORATÓRIO: Jardim Oratório, Vila Santa Cecília, Jardim Rosina, Parque Rosalinda, Jardim Paranavaí, Vila Nova Mauá, Jardim Cerqueira Leite, Jardim Ipê, Vila Nova Canaã e Vila Magini;
  • RP 8- ZAÍRA: Jardim Zaíra Glebas A, B e C, Jardim Alto da Boa Vista, Vila Pereira, Vila Maria José, Vila Coronel Pires, Vila Abdouni e Parque Boa Esperança;
  • RP 9- PARQUE DAS AMÉRICAS: Parque das Américas, Vila Flórida, Vila Santa Rosa, Jardim Salgueiro, Jardim Brasília, Vila Cláudia, Vila Correia, Jardim Rosinelli, Vila Otávio Miniguinni, Vila Bocaina, Vila Augusto e Jardim Santa Lídia;
  • RP 10- ITAPARK: Jardim Mauá, Jardim Miranda d’Aviz, Vila Independência, Vila Falchi, Vila Batoni, Sítio Bocaina, Jardim Nóbrega, Vila Emílio, Jardim Campo Verde, Jardim Eliana, Jardim Bocaina, Vila São Francisco, Vila N. Sra. de Fátima, Vila N. Sra. de Aparecida, Jardim Bela Vista, Jardim Bógus, Jardim Aracy, Jardim Cecília Tereza e Jardim Itapark;
  • RP 11- FEITAL: Vila Lisboa, Sítio Feital, Jardim Agatti, Jardim Cruzeiro, Jardim São Gabriel, Jardim Coimbra, Chácara Maria Aparecida, Chácara Maria Francisca, Sítio Bela Vista, Jardim Itaussu, Núcleo Sampaio Vidal (parte) e Vila Feital;
  • RP 12- SÃO JOÃO: Parque dos Bandeirantes, Jardim Maringá, Jardim Maria Eneida, Jardim Olinda, Jardim Nilza Miranda, Jardim Ingá, Núcleo Pajussara, Jardim Canadá, Vila Ana, Jardim Cleide, Jardim Santana, Cidade Kennedy, Jardim São Luiz, Jardim Bom Recanto, Jardim Estrela, Vila São Roberto, Jardim Paulista, Jardim Sílvia, Vila São José, Vila Sônia, Jardim Cinerama, Parque Centenário, Jardim Centenário, Parque Centenário II, Núcleo Cincinato Braga, Parque Alvorada e Vila São João;
  • RP 13- ITAPEVA: Jardim IV Centenário, Jardim Esperança, Jardim Adelina, Jardim Santista, Jardim Planalto, Vila Tavares, Jardim Luzitano, Jardim Nossa Terra, Jardim Hélida, Jardim Éden, Jardim Elizabeth, Jardim São Sebastião, Vila Real, Jardim Camargo, Parque Pilarópolis, Recanto Vital Brasil (parte), Núcleo Sampaio Vidal (parte) e Jardim Itapeva;
  • RP 14- CAPIBURGO/ MANANCIAIS: Núcleo Sampaio Vidal (parte), Núcleo Dr. Carlos de Campos, Chácara Santa Tereza, Chácara São Brás, Chácara São Lúcido e Recanto Vital Brasil (parte).

[editar] Política Municipal

Desde a redemocratização, a política municipal é polarizada entre a esquerda liderada pelo atual prefeito Oswaldo Dias (PT) e a direita formada por uma coalização de partidos, liderados pelos ex-prefeitos Leonel Damo (sem partido) e José Carlos Grecco. Ambos tiveram governos impopulares e anunciaram suas aposentadorias políticas (Grecco já em 1997 e Damo em 2006).

Com isso, surgiram novos nomes que buscam a liderança da direita na cidade, mas, devido a rachas seu rumo passou a ser ainda mais incerto. Em 1996, 2000 e 2004 os petistas obtiveram vitórias apertadas, mas, em 2008 venceram com facilidade. Após a quarta derrota consecutiva, a direita viu muitos aliados passarem a apoiar o modelo petista de governo (PSDC, PP e PR, passaram a integrar o governo de Oswaldo Dias). Agora, buscam um nome forte capaz de unir todas as correntes e formular uma nova proposta política para a cidade.

A deputada estadual Vanessa Damo (PMDB) conta com a vitrine de ter conquistado a reeleição mesmo sem o apoio do governo municipal e militando em uma legenda que apoiava a candidata do PT á Presidência da República Dilma Rousseff, mas, carrega consigo a alta taxa de reprovação dos dois governos do seu pai. Átila Jacomussi (PV), apesar de assim como Vanessa ter um sobrenome tradicional na cidade, terá que assumir o controle de seu próprio partido, derrubando a hipótese do prefeito de Ribeirão Pires Clóvis Volpi mudar seu domicílio eleitoral novamente para Mauá e disputar a Prefeitura. Chiquinho do Zaíra (PTdoB), que embora tenha sido derrotado em sua segunda tentativa de chegar ao Paço, perdendo o apoio do PSDC e do PHS ainda no primeiro turno, demonstrou resistência e sofreu uma derrota menos dura que o esperado. A candidatura mal sucedida para a Câmara Federal pelo PMN em 2010 tornou seu peso político incerto.

Os três terão que realizar uma ampla negociação com outra lideranças secundárias se quiserem obter êxito na difícil tarefa de liderar a oposição. Cincinato Freire (PSDC), Paulo Bio (PMDB) representarão o fio da balança no jogo de bastidores para formar uma aliança que reorganize a direita na cidade.

Wagner Rubinelli (PPS) ex-deputado federal que ainda é uma alternativa de esquerda no município, pode se aproximar ao PT, seu antigo partido, sobretudo depois que fracassou na sua tentativa de retornar a Câmara Municipal em 2008. Diniz Lopes (PR) será uma peça chave tanto para o PT quanto para a direita. Ele foi prefeito interino da cidade durante o imbróglio em obteve mais de 22% dos votos na última eleição. Foi a maior votação de um candidato que tentou lançar uma terceira via na história da cidade. Em 1996, Cincinato Freire (ainda pelo PR), obteve pouco mais de 14%. Paulo Bio, pelo PMDB em 2000 obteve pouco mais de 11%. Chiquinho do Zaíra pelo PSB em 2004, ficou com pouco mais de 10%. Diniz, perdeu muitos aliados quando deixou o PSDB para apoiar o PT no segundo turno das eleições de 2008, e, embora atualmente faça parte do governo petista (como superintendente da SAMA -autarquia de saneamento básico da cidade), o fato de não ter conseguido se eleger deputado estadual nas tentativas de 2006 e 2010 tornaram seu peso político incerto.

Atualmente a cidade tem dois deputados estaduais: Vanessa Damo (PMDB) e Donisete Braga (PT). Enquanto a peemedebista (mais jovem deputada estadual de SP), faz parte da base de sustentação do governo de Geraldo Alckmin (PSDB) na Assembleia Legislativa paulista, o petista Donisete Braga faz parte da bancada de oposição.

O histórico de deputados federais cidade é composto por José Carlos Grecco que se elegeu em 1988 e Wagner Rubinelli eleito em 2002, estes os únicos representantes de Mauá na Câmara dos Deputados. Já o histórico de deputados estaduais é composto por Leonel Damo eleito em 1990, Clóvis Volpi eleito em 1994, Donisete Braga eleito em 2002, 2006 e 2010 e Vanessa Damo eleita em 2006 e 2010.

Amélio Zuliani - 4 de setembro de 1962 a 31 de dezembro de 1962 sem fotos do antigo prefeito para inlustração

Todos os direitos reservados casa de carnes almeida